Visual Law e Legal Design: qual é a diferença?

Não é novidade que a advocacia está testemunhando uma transformação significativa impulsionada pela inovação e tecnologia.

Com a tecnologia avançando a passos largos, surgem novas ferramentas e abordagens que estão reformulando a maneira como os profissionais do Direito comunicam e interpretam informações. Entre essas inovações, destacam-se duas tendências que estão no centro das discussões: o Visual Law e o Legal Design.

Apesar de sua popularidade crescente, muitos ainda se perguntam: qual é a real diferença entre eles?

Neste artigo, vamos desvendar esses conceitos, mostrando como cada um contribui para tornar o universo jurídico mais acessível e eficiente.

Se você é um profissional da área ou tem interesse no assunto, acompanhe-nos nesta exploração para entender melhor essas tendências e como elas estão transformando o cenário legal.

Legal Design surge como uma resposta inovadora às complexidades inerentes ao mundo jurídico. Essa abordagem, centrada no ser humano, visa aprimorar a maneira como as informações legais são apresentadas e compreendidas.

Assim, a essência do Legal Design é a simplificação, tornando conceitos jurídicos mais acessíveis e as interações mais eficientes.

A gênese do Legal Design pode ser atribuída às contribuições de Margaret Hagan, uma figura pioneira nesse campo. Hagan, pesquisadora renomada e diretora do Legal Design Lab na Universidade de Stanford, é reconhecida por sua abordagem inovadora na interseção entre design, tecnologia e Direito. Ela defende que o Legal Design não é apenas uma ferramenta, mas uma filosofia de trabalho que coloca as necessidades humanas no centro do processo jurídico.

Segundo Hagan, é fundamental entender as necessidades dos usuários finais dos serviços jurídicos, sejam eles clientes, advogados ou a sociedade em geral, e então desenhar soluções que sejam mais intuitivas, envolventes e eficazes.

Legal Design envolve várias etapas, desde a análise profunda de um problema jurídico até o desenvolvimento de soluções visuais e interativas. O processo começa com a compreensão do caso, passa pela seleção das ferramentas adequadas e termina com a criação de protótipos e testes para garantir a eficácia da solução.

Essa abordagem permite que os profissionais jurídicos inovem na forma como prestam seus serviços, criando produtos e procedimentos internos que sejam mais claros e úteis para os usuários finais.

O Legal Design não se limita à estética; ele é uma metodologia que abrange a análise de como as informações são processadas, compreendidas e utilizadas no contexto jurídico.

Ao aplicar princípios de design ao Direito, o Legal Design busca não apenas a melhoria estética, mas também aumentar a eficiência, a eficácia e a acessibilidade dos serviços jurídicos. Ele representa uma mudança de paradigma, afastando-se de um enfoque puramente textual e complexo, para uma comunicação mais direta, simplificada e centrada no usuário.

Compreender a diferença entre Legal Design e Visual Law é fundamental para aplicar corretamente essas abordagens inovadoras no ambiente jurídico. Embora ambos compartilhem o objetivo comum de tornar o Direito mais acessível e compreensível, eles se diferenciam em suas aplicações e escopos.

O Legal Design, como já discutido, é uma metodologia ampla que engloba a reestruturação de processos, serviços e informações legais com foco na experiência do usuário.

Por outro lado, o Visual Law pode ser visto como uma subárea do Legal Design, com um foco mais específico na utilização de elementos visuais para comunicar informações jurídicas.

O Visual Law emprega gráficos, infográficos, fluxogramas, vídeos e outros elementos visuais para simplificar e ilustrar conceitos jurídicos complexos, tornando-os mais acessíveis para clientes e outros profissionais sem formação jurídica. Essa técnica não busca substituir os textos jurídicos, mas sim complementá-los, auxiliando na expressão do pensamento jurídico e facilitando a compreensão de normas e procedimentos.

Um exemplo prático do uso de Visual Law é a criação de contratos visuais, onde informações complexas são apresentadas de maneira simplificada e intuitiva. Por exemplo, ao invés de páginas repletas de jargões legais densos, os contratos podem incluir ícones e fluxogramas para ilustrar termos e condições. Isso não só torna os contratos mais fáceis de entender para todas as partes envolvidas, mas também facilita a comunicação de pontos críticos, reduzindo mal-entendidos e potenciais disputas legais.

Em resumo, enquanto o Legal Design aborda a inovação no Direito de maneira abrangente, repensando como os serviços jurídicos são concebidos e entregues, o Visual Law se concentra especificamente na melhoria da comunicação jurídica por meio de representações visuais.

Ambos são complementares e essenciais para modernizar a prática jurídica, tornando-a mais acessível e eficiente em um mundo cada vez mais visual e digitalizado.

Nos ambientes corporativos modernos, departamentos jurídicos enfrentam o crescente desafio de simplificar informações e ideias complexas para um público leigo.

Assim, Legal Design e Visual Law surgem como ferramentas essenciais para enfrentar esse desafio, transformando a maneira como as informações jurídicas são apresentadas e compreendidas.

Estes conceitos são importantes para departamentos jurídicos por trazerem diversos benefícios, como:

  1. Clareza na Comunicação: Ambos os métodos simplificam o conteúdo jurídico complexo, tornando-o acessível para não especialistas, facilitando a comunicação interna e externa.
  2. Eficiência e Economia de Tempo: A utilização de elementos visuais em documentos jurídicos agiliza a análise e interpretação de informações, otimizando o tempo e melhorando a produtividade.
  3. Melhor Engajamento e Compreensão: Visual Law, em particular, aumenta o engajamento ao tornar os documentos mais interativos e fáceis de entender, o que é essencial em apresentações para clientes ou em negociações.
  4. Facilitação na Tomada de Decisão: A apresentação clara e concisa de informações complexas auxilia na tomada de decisões mais informadas e eficazes.
  5. Adaptação a um Mundo Digital: Com a prevalência da tecnologia e a preferência por interações visuais, esses métodos asseguram que os departamentos jurídicos se mantenham atualizados e relevantes.
  6. Redução de Erros e Mal-entendidos: Ao apresentar informações de maneira simplificada e visual, reduz-se o risco de erros e mal-entendidos, o que é crucial em processos jurídicos.
  7. Inovação e Competitividade: A incorporação dessas práticas modernas pode diferenciar um departamento jurídico, destacando-o como inovador e adaptado às necessidades contemporâneas.

Portanto, a incorporação desses conceitos nos departamentos jurídicos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para manter a relevância e eficiência em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e competitivo.

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