A IA que se torna redatora em 1 dia e transforma contestações: o case Queiroz Cavalcanti

Técnica e inovação: um modelo de integração 

Durante a Fenalaw, o nosso estande eLaw recebeu o talk entre Christianne Gomes, Diretora de Legal Ops no Queiroz Cavalcanti e Otávio Picasky (eLaw) que revelou como tecnologia, técnica e estratégia podem coexistir e transformar a operação jurídica sem abrir mão da qualidade. 

Christianne Gomes destacou que o escritório Queiroz Cavalcanti atua com base em quatro pilares: pessoas, técnica, gestão e inovação. A adoção da IA só foi possível porque a tecnologia respeitou esses fundamentos. A parceria com a eLaw permitiu que a inovação fosse incorporada sem comprometer a qualidade técnica, mantendo a atuação estratégica e humana no centro das decisões. A IA foi integrada como ferramenta de apoio, respeitando os manuais, estratégias e decisões do escritório. 

Da criação à revisão: evolução do processo com IA 

Antes da adoção do GEN AI Contestação, a produção das peças jurídicas era feita por advogados, com treinamento constante e uso de manuais e checklists. Com a IA, esse fluxo foi transformado: a ferramenta passou a executar contestações com base em parâmetros definidos pelo time, garantindo consistência, velocidade e precisão. 

A curva de aprendizagem surpreendeu: em apenas um dia, a IA já operava com qualidade comparável a um redator treinado por meses. Com o sucesso da criação, o escritório avançou para o módulo de revisão, que permite auditoria das edições e rastreabilidade das fontes utilizadas, evitando alucinações e garantindo segurança jurídica. 

Eficiência, segurança e controle estratégico 

A IA trouxe ganhos operacionais expressivos, como aumento de velocidade e redução de falhas. A repetição exata das orientações elimina erros comuns e garante que a estratégia definida seja aplicada uniformemente. A profundidade da análise também impressiona: a IA consegue identificar padrões e informações em documentos que poderiam passar despercebidos por humanos.  

Mesmo com liberdade criativa limitada, a ferramenta é capaz de sugerir abordagens alternativas, sempre sob moderação e validação humana. A revisão humana continua obrigatória, mas agora com apoio da IA para destacar alterações e justificar suas escolhas. 

Parametrização e requalificação de talentos! 

A parametrização foi essencial para garantir que a IA refletisse o conhecimento e a estratégia do escritório. O processo envolveu a transposição dos manuais de redação — alguns com até 18 páginas — para a ferramenta. Essa estrutura permite que cada cliente tenha sua estratégia respeitada, garantindo coerência argumentativa em larga escala.  

Christianne explicou que, com 20 mil contestações mensais, permitir variações criativas em cada peça comprometeria o posicionamento jurídico. Por isso, a liberdade criativa é restrita a perfis específicos e usada apenas para explorar novos vieses em casos pontuais. 

Tecnologia como aliada, não substituta 

A adoção da IA não eliminou postos de trabalho, mas transformou funções. Redatores foram realocados para tarefas mais estratégicas, como análise de decisões, audiências e revisão de peças. A IA não atua sozinha: todas as contestações, sejam humanas ou automatizadas, passam por revisão.  

Christianne reforçou que a tecnologia é uma ferramenta de alavancagem, não de substituição. A valorização do ser humano permanece como prioridade no escritório, e a IA serve para potencializar a atuação jurídica, não para desumanizá-la. 

Impacto na base de clientes e resultados 

Apesar do volume expressivo de contestações, o foco do escritório não está em aumentar a base ativa, mas em resolver processos com mais eficiência. A IA permite que os advogados se concentrem em análises de mercado, tendências e decisões judiciais, o que melhora os resultados dos clientes — seja com maior êxito ou redução de ticket médio. Essa abordagem estratégica tende a atrair mais clientes naturalmente, sem depender de crescimento artificial da base. 

A segurança da informação é um pilar fundamental do projeto. A eLaw garante que cada cliente tenha um ambiente exclusivo, com dados segregados e protegidos por certificações como SOC. O conhecimento jurídico permanece sob controle do escritório, que tem autonomia para atualizar teses e orientações conforme mudanças jurisprudenciais ou demandas dos clientes. Essa flexibilidade permite que a IA reflita imediatamente qualquer nova diretriz estratégica. 

Tecnologia com propósito e segurança 

É muito importante dizer: a solução de contestações da eLaw foi desenvolvida para garantir total segurança e isolamento de dados. A GEN AI não utiliza bases externas, modelos abertos ou informações de outros clientes. Todo o conteúdo é gerado exclusivamente a partir da base interna de cada escritório ou departamento jurídico, sem qualquer mistura ou compartilhamento entre ambientes. Esse isolamento absoluto é um dos maiores diferenciais da plataforma, assegurando precisão, confidencialidade e total aderência às políticas de compliance e governança de cada cliente.  

Christianne encerrou a conversa reforçando que a tecnologia não é o futuro — é o presente — e que não deve ser temida. O verdadeiro valor está em usar a IA como ferramenta de apoio à inteligência humana. O ser humano continua sendo o principal ativo do escritório, e a atuação estratégica depende da capacidade de adaptação, aprendizado e colaboração. A Fenalaw foi palco de uma demonstração clara de como a eLaw vem proporcionando a evolução do jurídico.  

Confira a palestra completa no nosso canal do Youtube: 

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