Due diligence é o mesmo que uma simples pesquisa?
Ao realizar uma grande transação, mudança ou fusão, toda e qualquer empresa realiza uma pesquisa mínima (ou detalhada!) em torno do movimento que se faz. Esta pesquisa ganhou um nome próprio, quando foi criada a expressão “due diligence”, com sua origem no direito anglo-saxônico e traduzida como “diligência prévia”.
A expressão começou a ser usada formalmente no contexto jurídico e financeiro no século XIX, mas ganhou destaque com o US Securities Act de 1933, nos Estados Unidos. Este decreto permitia que corretores (brokers) realizassem investigações detalhadas sobre empresas antes de oferecer ações ao público. Se tivessem feito essa análise com o cuidado necessário (ou seja, com “due diligence”) estariam protegidos de acusações de omissão de informações.
Desde então, o termo passou a ser amplamente utilizado em processos de fusões, aquisições e investimentos como sinônimo de uma investigação criteriosa antes de fechar negócios.
Um facilitador de análises ou uma investigação mais aprofundada?
Para decisões estratégicas, o levantamento de informações se tornou indispensável. Numa metáfora, seria o mesmo que realizar um “check-up completo” pré-cirúrgico para entender e mensurar os riscos, obrigações e oportunidades ali envolvidas.
Dentro da categoria due diligence, existem 2 possibilidades principais que variam em nível de profundidade, sendo elas:
- Due diligence preliminar (ou também conhecida como “due diligence simplificada”): Ideal para negócios menores, etapas iniciais de negociação ou contratos com baixo risco, tendo como foco principal a verificação básica de documentos-chave, conformidade jurídica, existência da empresa, estrutura societária e eventuais pendências, comumente aplicadas em parcerias comerciais simples, contratação de fornecedores, investimento inicial em startups.
- Due diligence completa: Indicada para grandes operações, como fusões, aquisições, investimentos robustos ou entrada em mercados regulados com foco principal: análise minuciosa de contratos, contingências judiciais, passivos trabalhistas, aspectos tributários, regulatórios, ambientais e até reputacionais. Comumente aplicadas em operações de M&A, IPO, venture capital, auditoria interna, reestruturação societária e outros.
Por que o trabalho das legaltechs é relevante para o due diligence?
Para legaltechs que oferecem recursos de automação, IA e gestão de dados, seu papel na due diligence é estratégico: contribuem diretamente para decisões mais seguras e rápidas, além de mostrar ao mercado o poder da tecnologia aplicada ao mercado jurídico.
De forma prática, o due diligence pode se tornar ágil com a contratação de:
- Automações para produção de relatórios: personalizando dashboards e configurando os sistemas para expor insights que sejam relevantes dentro de cada contrato.
- Leituras automatizadas: através de ferramentas de IA que conseguem identificar riscos contratuais ou em NDAs.
- IA para rastreabilidade: uma configuração que garante rastreabilidade em auditorias, por exemplo.
- Sistemas que integram áreas: outras áreas da empresa (como, por exemplo, RH, finanças e operações) podem se tornar rastreáveis, tornando o due diligence mais preciso em análise de custos fixos e riscos do negócio.
As aplicações são diversas e infinitas: conheça as soluções eLaw e torne seu procedimento de due diligence ainda mais eficaz.