A pandemia do Covid-19 acelerou a transformação digital em todo setor jurídico. A inteligência artificial e as tecnologias que auxiliam na melhoria da análise de dados, configuram-se como grandes mudanças em sua estrutura.
Com o avanço tecnológico e a digitalização dos documentos jurídicos como processos e contratos, por exemplo, a quantidade de informações disponíveis aumentaram, e mesmo com o acesso fácil e rápido a assuntos jurídicos esse avanço trouxe também inúmeros desafios para os advogados.
Tanto em departamentos jurídicos como em escritórios de advocacia, os profissionais do Direito tiveram que se adequar as inovações tecnológicas para acompanhar as novas exigências do mercado, e proporcionar os benefícios que a tecnologia promete a área jurídica. Para se atualizar sobre as inovações tecnológicas, confira nesse artigo porque é vantajoso investir em tecnologia jurídica em 2022.
As maiores dificuldades que um advogado encontra em sua atuação
Os Tribunais do Brasil utilizam plataformas diferentes entre si para armazenar os processos e além desses sistemas não se relacionarem, não possuem padrões definidos de cadastro, dificultando ainda mais as análises dos casos.
Outra dificuldade que os profissionais do Direito enfrentam ao exercer sua função, é se deparar com decisões diferentes em casos semelhantes. Quando as decisões de ações judiciais são comparadas, é possível perceber que existem desfechos diferentes para processos parecidos, e isso gera insegurança na atuação dos advogados.
Diante da imprevisibilidade causada pelas diferentes decisões em processos similares, a análise de jurisprudências é essencial para entender as especificidades desses tipos de casos. A partir disso, o uso de tecnologias se torna fundamental, pois devido ao grande volume de processos que os advogados têm que lidar diariamente é impossível realizar essas análises humanamente.
A importância da tecnologia no setor jurídico
Atualmente muitos departamentos jurídicos e escritórios contam com o auxílio de empresas de tecnologia, que desenvolvem soluções específicas para proporcionar um melhor desempenho ao setor jurídico como ferramentas de coleta de dados em sites de Tribunais e softwares jurídicos, que facilitam o gerenciamento de diversas áreas do Direito.
Para realizar uma gestão jurídica eficiente diante da grande quantidade de informações que os advogados têm disponíveis hoje em dia, é necessário muito mais do que somente ferramentas de organização, é fundamental também contar com sistemas de análises como a Inteligência Artificial, que tem capacidade de aprender e realizar atividades mais complexas.
Além da Inteligência Artificial, existem diversas outras tecnologias que facilitam a rotina de trabalho dos advogados como automação robótica de processos (ou RPA), aprendizado de máquinas (Machine Learning), Analyts, Big Data, entre outras.
Ao utilizar essas tecnologias, os departamentos jurídicos e os escritórios de advocacia proporcionam inúmeros benefícios a rotina de trabalho dos advogados, pois otimizam diversas tarefas que tomam o tempo dos profissionais do Direito e os impedem de atuar de maneira estratégica.
Confira abaixo algumas das principais vantagens de investir em tecnologia jurídica:
- Automatização de tarefas que propiciam redução de tempo e custo com atividades repetitivas;
- Maior organização no armazenamento de documentos;
- Aumento da eficiência na gestão de informações jurídicas;
- Extração de relatórios para análises de desempenho;
- Automação da elaboração e gestão de documentos;
- Acompanhamento fácil e rápido do andamento processual;
- Gestão automática do ciclo de vida dos contratos;
- Capturas automáticas de informações em sites de Tribunais.
A transformação digital trouxe muitos desafios para o setor jurídico, pois os profissionais do Direito tiveram que se adaptar ao uso de soluções tecnológicas, mas também possibilitou inúmeras vantagens que revolucionaram a maneira de exercer a profissão.
Por isso, diante dos impactos positivos que a tecnologia causou no segmento jurídico, os advogados sempre terão que buscar se reinventar para suprir as necessidades do mercado e acompanhar a evolução do Direito em relação ao uso de inovações.